Imagine a seguinte situação:
"Você é uma pessoa totalmente dependente, com muitos amigos e bem resolvida, um belo dia você acha o homem da sua vida (pelo menos você pensa que é) e acaba se perdendo , perde contato com os amigos, não sai mais, só tem vida quando esta ao lado dele e quando não esta... não isso não acontece, você sempre está. "
Quando você se perde e só se acha no parceiro.
Quem não conhece alguém assim? Ou que já passou por uma situação dessas que atire a primeira pedra.
Essa situação é muito confortável, para o parceiro, pois acabamos fazendo tudo o que ele quer e deixamos de fazer o que nós queremos e gostamos.
Essa atitude pode ser muitas vezes inocente, impensada, pois você se apega tanto a pessoa que acaba não vendo certas coisas e quando vê se cala por medo que a pessoa não goste e isso cause brigas.
Mal sabe ela que no decorrer do tempo irá se arrepender por essa atitude.
Todo relacionamento para ser saudável precisa de espaço, todos nós precisamos de um tempo só nosso e quando estamos num relacionamento isso não deve mudar.
No começo, você pode até achar que está tudo ótimo, aliás tem pessoas que até gostam de relacionamento assim, mas não é o ideal.
O ideal é você saber separar desde o começo, o tempo de cada um e o tempo de vocês dois.
Se você deixar claro isso desde o começo, não vai sofrer tanto para voltar a ser você mesma depois, pois quando o relacionamento é mais antigo, é bem mais difícil, pois a pessoa já esta acostumada com você, deixando de fazer as coisas por ela, ou fazendo só o que ela quer.
Portanto, Se estiver começando o namoro não deixe você para trás, continue sua vida, saia com suas amigas, faça o que você gosta.
Mas se você esta sentindo falta de você mesma, mas seu namoro já não é tão atual, a situação é mais complicada e cm certeza você ficará meio perdida em como se eu encontrar de novo.
Nessa hora, chegamos a nos perguntas: Onde fiquei pelo caminho? Quando foi que deixei de cuidar de mim?
Mas o que não adianta também é ficar choramingando parada no mesmo lugar e você infeliz.
Se isso tudo está te incomodando, mas a pessoa não entende, mande-o para um lugar bem longe.

Mas se você acabou de tomar uma decisão de que quer mudar essa situação, vamos lá, mas o caso exige manter a calma.
Conversa, conversa e conversa.
É SEMPRE a base de tudo, mas ambos têm que ter consciência de que se é para conversar, tem que ser sinceridade do começo ao fim, não adianta meias palavras, esconder sentimentos, na hora da conversa, essas pequenas palavras são as essenciais, para um entender mais o que o outro está pensando.
Pode ser que seu amado não entenda a sua situação e pense que você só está enrolando, mas você tem que ser firme na sua decisão, na verdade, você não tem que conversar para pedir qualquer certa permissão, você tem que conversar para ver o que vocês podem fazer um pelo outro, muitas vezes até ele sente falta de como você era antes, porque ele se apaixonou por você daquele jeito, então com certeza, ele pode te ajudar a te encontrar de novo.
Quando começamos a namorar, e deixamos de ser nós mesmas, nos apegamos a detalhes que não nos apegávamos antes e eles ficam sendo essenciais para nós, nos acostumamos a companhia, atenção diária e mesmo que você nunca foi “carente” assim, você acaba se acostumando.
Muitas vezes, isso faz que só pensamos no que a pessoa está fazendo, porquê ela não ligou ainda, e isso muitas vezes acaba sufocando e você pode acabar estragando uma coisa que poderia ser bonita.
Seja forte, consigo mesma, se você tomou a decisão de mudar o que está sendo agora , não deixe o costume tomar conta de você.
Se você deixar, você não vai conseguir, voltar a ser você, nunca.

Pense mais em você.
No seu amor.
No seu prazer.
Se conheça melhor.
Faça cursos.
Novas amizades.
Queira amar, mas se ame também.
Não deixe seu amor de lado, nem muito menos sua independência.
Nesse reencontro com você mesma, você vai aprender a se conhecer melhor e não vai mais deixar que isso aconteça.
Deixo para reflexão uma frase de um texto de William Shakespeare:
" Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sútil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança".